Boa parte da população brasileira vive no ambiente urbano e menos na natureza, incluindo as crianças. As crianças passam pouco tempo ao ar livre. A conexão com a natureza é um estado subjetivo do indivíduo e abrange os componentes cognitivo, afetivo e comportamental. Está positivamente associada ao bem-estar, além de ser um forte preditor de atitudes e comportamentos pró-ambientais. Este estudo investigou a conectividade com a natureza de 323 crianças, com média de idade de 10,69 anos (DP = 1,88; 161 meninos), estudantes de escolas públicas do Distrito Federal, Brasil, que foram voluntários e devidamente autorizados a participar. Para tanto, foi utilizado um survey, aplicado em escolas do Ensino Fundamental I e II utilizando a Escala de Conectividade com a Natureza de P. Wesley Schultz. Segundo Schultz, viver em centros urbanos gera um distanciamento com a natureza. Para o autor, os ambientes construídos afastam as pessoas da natureza, apesar da dependência para nossa sobrevivência. Como as crianças serão os adultos de amanhã, é importante conhecer o grau de conexão que elas têm com a natureza para promover atividades que fortaleçam maior proximidade e relação com a mesma. Assim, as crianças poderão formar uma identidade de pertencimento integrada com a natureza. Entre outros, os resultados indicam que a conectividade com a natureza é maior em crianças que moram em bairros arborizados, e que estão na faixa etária de 10 anos. Pela Escala de Conectividade com a Natureza há indícios que as crianças se sentem conectadas a ela.