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No processo de transposição didática os saberes científicos são modificados para se tornarem saberes escolares, estas modificações são realizadas por diferentes sujeitos e são necessárias para que os saberes sejam adequados a cada etapa de escolarização. A partir das discussões sobre a transposição didática no ensino de química, o objetivo deste trabalho foi analisar a ocorrência da transposição didática interna em regências de licenciandos em química no estágio supervisionado. A análise foi realizada a partir dos aúdios de regências realizadas por quatro licenciandas em química de uma universidade pública do sul do Brasil, observou-se as modificações do saber relacionando com o presente nos livros didáticos referenciados pelas licenciandas em seus planos de aula. Entre as regências analisadas observamos que nem todas as licenciandas realmente efetuaram transposição didática. Foi póssivel perceber tanto supressões (benéficas ou não) quanto deformações. Também estiveram presentes criações e acréscimos, quando as licenciandas buscaram a recontextualização dos conhecimentos para que a aula fosse mais adequada e interessante a seu público. Esta liberdade em relação ao LD deve ser conquistada pelos professores, principalmente porque o contexto destes não atende a especificidade de todos os educandos.
