No Brasil, as discussões sobre a jornada de trabalho têm adquirido relevância, especialmente pelos impactos significativos que essas jornadas exercem sobre a vida dos trabalhadores em diversos setores. Profissionais da saúde e da educação, em particular, enfrentam condições que os tornam suscetíveis a elevados níveis de adoecimento físico e mental. Esses trabalhadores atuam diretamente com pessoas em contextos diversos, mas compartilham desafios semelhantes, como longas jornadas, condições precárias de trabalho e a necessidade de manter uma saúde mental resiliente para lidar com situações complexas e emocionalmente exigentes. Diante desse cenário, a presente pesquisa objetiva desvelar a situação biopsicossocial desses profissionais no âmbito de suas atividades laborais. Para tanto, fundamenta-se na obra Sociedade do cansaço (2015), de Byung-Chul Han, além de outros referenciais teóricos como Braga (2017), Standing (2017) entre outros. A investigação adota uma abordagem qualitativa (Minayo, 2016), bibliográfica (Gil, 1999) e compreensiva (Weber, 2009), buscando compreender os impactos da lógica capitalista nas condições de trabalho desses profissionais. Os resultados indicam que, em uma sociedade regida pelo capital, que enxergam as pessoas como sujeitos do desempenham, como meros instrumentos para a obtenção de lucro, os profissionais da saúde e da educação são constantemente exauridos em suas funções. Essa lógica, orientada pela maximização do desempenho e da produtividade, negligencia as condições humanas essenciais, contribuindo para o adoecimento progressivo desses trabalhadores. A pesquisa destaca a urgência de políticas públicas e práticas institucionais que promovam a valorização desses profissionais, considerando não apenas a eficiência produtiva, mas também sua saúde e bem-estar integral.