Marcelo Vianello Pinto, Heraldo Márcio de Aguiar, Marcio Eugen Klingenschmid Lopes dos Santos
A Educação Matemática Crítica surge como uma proposta pedagógica inovadora que vai além da simples manipulação de símbolos e fórmulas, buscando formar cidadãos críticos e autônomos, capazes de usar a matemática como ferramenta para a resolução de problemas reais e para a compreensão crítica do mundo ao seu redor. Este trabalho teve como objetivo desenvolver uma proposta de orientação baseada em 10 etapas, destinada a promover reflexões sobre o uso de calculadoras no processo de ensino-aprendizagem dos alunos do Ensino Fundamental II. A proposta destaca as vantagens da calculadora como ferramenta facilitadora de cálculos, promotora de autonomia e exploradora de conceitos matemáticos, enquanto reflete sobre os riscos da dependência excessiva e da superficialidade na compreensão matemática. Além disso, discute a importância da inclusão do uso de calculadoras na formação continuada dos professores, integrando essa prática à educação matemática crítica. A metodologia adotada é qualitativa e de caráter exploratório, fundamentada em uma revisão sistemática da literatura sobre o uso de calculadoras no Ensino Fundamental II, abrangendo publicações dos últimos 10 anos (2014 a 2024). Espera-se que esta orientação baseada em 10 etapas contribua para o uso consciente da calculadora, integrando-a de forma estratégica e planejada à prática pedagógica, fomentando a autonomia dos alunos e promovendo uma aprendizagem significativa, alinhada à Teoria da Aprendizagem Significativa (TAS) de David Ausubel com abordagem da Educação Matemática Crítica.