Este artigo analisa as concepções implícitas de futuros professores de Física sobre a motivação dos estudantes para o aprender, com base no referencial das Teorias Implícitas estruturadas por Pozo et al. (2006). O objetivo é identificar quais teorias — Direta, Interpretativa ou Construtiva — orientam suas práticas pedagógicas. A pesquisa, de abordagem qualitativa, foi conduzida como um estudo de caso com dez acadêmicos de Física Licenciatura da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, utilizando como instrumentos de pesquisa o questionário de dilemas e entrevistas semiestruturadas, analisados por meio da Análise de Conteúdo proposta por Bardin (2016). Os resultados indicam uma predominância de concepções alinhadas à Teoria Interpretativa, embora elementos das teorias Direta e Construtiva também sejam observados. Os participantes demonstraram preferência por práticas reflexivas e participativas, mas enfrentam dificuldades para abandonar modelos tradicionais de ensino. Além disso, reconheceram que a motivação dos estudantes é influenciada por fatores internos e externos, como o interesse pessoal e o suporte familiar. Concluímos que é necessário fortalecer a formação docente para incentivar práticas que promovam autonomia e a motivação intrínseca, facilitando a transição para abordagens pedagógicas mais colaborativas e significativas.