Espaços não formais de ensino, como centros e museus de ciência, desempenham um papel fundamental na aproximação dos estudantes a vivências interativas. Esses espaços, por meio de exposições e do contato direto com o acervo, facilitam o engajamento em discussões científicas. No entanto, a comunidade surda tem sido historicamente marginalizada nesses ambientes, com pouca representatividade. Este trabalho discute a importância da mediação em um museu de ciências interativo no interior do estado do Rio de Janeiro, à luz dos pressupostos de Vigotski, especialmente sua obra “Problemas da Defectologia”. Questionários aplicados a mediadores museais e estudantes nortearam a análise, que revelou o papel essencial dos mediadores, em colaboração com intérpretes de Libras, para ampliar a participação de estudantes surdos. Os resultados confirmam que pessoas com deficiência auditiva frequentam pouco esses espaços, destacando a necessidade de pesquisas que promovam uma maior inclusão da comunidade surda em discussões científicas, contribuindo assim para a construção de sua cidadania.