Ana Lúcia Ribeiro Mól, Carlos de Oliveira Dias Neto, Érika Daniella Rodrigues Oliveira Rabelo, Leonardo de Oliveira Lopes, Marajane de Alencar Loyola, Wilson Medeiros Pereira
Este artigo visa analisar o cuidado paliativo por meio da prática da ortotanásia enquanto possibilidade de promover dignidade ante o processo de morrer. A ortotanásia se traduz na conduta de não prolongar a vida de um paciente que enfrenta um cenário de morte certa. Esta prática busca fundamento nos princípios médicos da não maleficência, beneficência, autonomia e justiça. Não mais se garante a perpetuação da vida, sem alicerces, mas se busca a promoção da vida digna. Neste sentido, surge a questão do uso das Diretrizes Antecipadas de Vontade como medidas que garantam a autonomia e a dignidade do paciente com a saúde em estado crítico. Não se importa somente com a cura enquanto bem-estar físico, o foco é, sobretudo, a manutenção da qualidade psíquica, social e cultural do sujeito de direitos. Utilizou-se o método de abordagem indutivo, com revisão da literatura sobre a temática. Como resultado do estudo, observou-se que a ortotanásia possibilita um contexto de combate ao sofrimento ao afastar tratamentos que prolonguem a vida sem a possibilidade de cura.