A Esclerose Múltipla é uma doença crônica autoimune que acomete o sistema nervoso central, em que linfócitos autorreativos atravessam a barreira hematoencefálica e causam inflamação local, levando à desmielinização focal e neurodegeneração nas substâncias branca e cinzenta. O tratamento é focado no controle dos sintomas e retardo da progressão da doença sendo realizado, principalmente, por meio de terapia imunomoduladora com uso de medicamentos modificadores de doença, como o Ocrelizumabe. Esse fármaco é um anticorpo monoclonal humanizado recombinante injetável que atua na depleção específica de células B ao atingir a superfície de antígenos CD20, expresso nesses linfócitos, os quais são responsáveis pela patogenicidade da Esclerose Múltipla. O Ocrelizumabe, por possuir sequências proteicas modificadas para se assemelhar ao anticorpo produzido pelo ser humano, tem maior potência, induz menor imunogenicidade e causa menos reações à infusão.