As anormalidades congênitas representam um grupo de alterações morfológicas e funcionais que ocorrem a partir de distúrbios no desenvolvimento embrionário. Sob esse contexto, o presente estudo buscou analisar a epidemiologia dos nascidos vivos ocorridos na região Nordeste, entre 2000 a 2022, a partir de dados obtidos no Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos (SINASC). Trata-se de uma pesquisa descritiva, retrospectiva, transversal e de abordagem quantitativa, na qual foram analisadas as seguintes variáveis: ano de nascimento, tipo de anomalia congênita, sexo do recém-nascido, idade materna, escolaridade materna, duração da gestação e tipo de parto. Os dados foram organizados e analisados nos programas Microsoft Excel versão 2016 e Jamovi versão 2.3.28. Foram avaliadas 126.723 Declarações de Nascido Vivo com malformações congênitas, as quais apontaram para a predominância do sexo masculino (56,56%), parto cesáreo (54,25%) e malformações congênitas osteomusculares (43,82%). A faixa etária materna prevalente foi de 20-24 anos (26,62%), a escolaridade entre 8 e 11 anos (47,91%) e a duração da gestação entre 37 a 41 semanas (73,98%). Observou-se um padrão ligeiramente crescente, com alta nos casos em 2015 e 2016.