Rodrigo Alves de Magalhães, Laura Santos Tarré, Marcela Bottino Garcia, Patrícia de Almeida Maroñas
A Insuficiência cardíaca (IC) é uma condição muito prevalente no Brasil. Seu tratamento visa, principalmente, dois grandes objetivos: aliviar sintomas e aumentar a expectativa de vida. Almejando este último alvo, ampliou-se os estudos sobre os Inibidores de SGLT2 (iSGLT2). Dessa forma, este trabalho, através de uma revisão narrativa da literatura dos últimos 6 anos, busca analisar o uso dos iSGLT2 na IC, suas indicações e riscos. Pesquisas importantes como DAPA-HF e EMPEROR-Reduced mostraram que os iSGLT2, representados pela dapaglifozina e empaglifozina, foram efetivos na redução de hospitalização ou de visitas urgentes em pacientes com IC de fração de ejeção reduzida (ICFER). Os estudos EMPEROR-Preserved e DELIVER, por sua vez, ao analisarem seu uso em pacientes com IC de fração de ejeção preservada (ICFEP) também apresentaram aumento de sobrevida. Além disso, os estudos analisados concluíram que os benefícios desses medicamentos são válidos para as populações diabética e não diabética. Grandes efeitos colaterais não foram observados. No entanto, faz-se necessário o monitoramento de infecção genital e urinária e um controle da volemia. Dessa forma, os iSGLT2 se mostraram tão importantes que a Sociedade Europeia de Cardiologia em 2023 os estabeleceu como classe IA para o tratamento da ICFER e ICFEP.