Brasil
This article presents a critical bibliographic review of the central characteristics of Hume's Theory of Passions and Emotions, which conceived the philosophy of human nature as an analytical and experimental science. This view is contrary to the ancient and medieval ideas that passions were movements of the lower parts of the soul. For Hume, passions in general are among the perceptions of the mind, although they also serve as motivations to act and even to reason. The apparent dichotomy that existed between passions and reason was abandoned and reason was treated as a calm passion. Hence, Hume dethroned reason from its sovereign position in knowledge. For him, passions are neither subordinate nor independent of reason; it is the reason that is subordinate to passions.
Este artigo apresenta uma revisão bibliográfica crítica sobre as características centrais da Teoria das Paixões e Emoções de Hume, que concebeu a filosofia da natureza humana como uma ciência analítica e experimental. Essa visão é contrária à ideia antiga e medieval de que as paixões eram movimentos das partes inferiores da alma. Para Hume, as paixões em geral estão entre as percepções da mente, embora também sirvam como motivações para agir e mesmo para raciocinar. A aparente dicotomia que existia entre paixões e razão foi abandonada e a razão foi tratada como uma paixão calma. Dessa forma, Hume destronou a razão de sua posição soberana no conhecimento. Para ele, as paixões não são subordinadas e nem são independentes da razão; a razão é que é subordinada às paixões.