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Brasil
O presente artigo tem como intento desenvolver a possibilidade de pensarmos uma situação limite na relação analisando/analista através de uma análise do artigo L'homme au Magnétophone contido na obra Situations IX: Mélanges de Jean-Jacques Abrahams. Nesse texto, publicado na revista Le Temps Moderns, apresenta-se um caso controverso onde um analisando (“A”) estava frustrado com seu analista (“Dr. X”) pois, depois de 18 anos de análise, a promessa da cura ainda não tinha sido alcançada. Durante o embate, “A” acusa Dr. X de, ao longo de sua análise, ter instituído controle sobre sua vida e que ao invés de curá-lo apenas agravou as “loucuras” que buscava tratar. Para o debate traremos a obra sartreana, com enfoque no projeto da psicanálise existencial, proposta sartreana de revisão da psicanálise; a má-fé, estrutura autorreferenciada que pode ser vista como uma “mentira íntima”; as violências das condutas intersubjetivas na relação analisando/analista e os limites desta relação.
This article intends to develop an analysis about the limit situation in the analysand/analyst relationship through an analysis of the article L'homme au Magnétophone contained in Situations IX: Mélanges by Jean-Jacques Abrahams. In this text, published in the journal Le Temps Moderns, a controversial case is presented where an analysand (“A”) was frustrated with his analyst (“Dr. X”) because, after 18 years of analysis, the promise of a “cure” is still had not been achieved. During the clash, “A” accuses Dr. X of, throughout his analysis, having instituted control over his life and that, instead of curing him, he only aggravated the “madness” he sought to treat. For this debate we will bring Sartre's work, focusing on the existential psychoanalysis project, Sartre's proposal for the revision of psychoanalysis; bad faith, a self-referential structure that can be seen as an “intimate lie”; the violence of intersubjective behaviors in the analysand/analyst relationship and the limits of this relationship.
