Jimena Ñañez Ortiz, Laura Calle Alzate
Este artículo analiza la relación entre el control de la tierra, el ejercicio de la violencia y su correlación con procesos de territorialización a partir del acaparamiento, encerramiento y legalización de tierras desde una dimensión espacial. Basándose en un estudio de caso reciente como el de la hacienda El Brasil, las tierras de La Fazenda en la Altillanura colombiana, se expone cómo los predios pertenecientes al territorio ancestral de las comunidades indígenas, reconocidos como territorios baldíos, fueron adjudicados por el Estado a campesinos despojados por grupos armados para posteriormente ser acumulados, comercializados y más tarde legalizados para la explotación agroindustrial. A través de la revisión de archivo y de datos producto del trabajo de campo etnográfico, las autoras sugieren que las comunidades campesinas e indígenas son despojadas de la tierra y sometidas a nuevas formas de relación capitalista en el marco de un modelo de desarrollo rural que privilegia la agroindustria, enfatizando en el examen de las relaciones sociohistóricas y geográficas de las desigualdades que hacen posible y mantienen el despojo.
This article analyzes the relationship between the control of the land, the exercise of violence and its correlation with territorialization processes based on dispossession, hoarding, enclosure and legalization of land from a temporal and spatial dimension. Based on a recent case study such as that of the El Brasil farm, the lands of La Fazenda in the Colombian Altillanura, it exposed how the properties belonging to the ancestral territory of the indigenous communities, recognized as vacant territories, were adjudicated by the State to peasants dispossessed by armed groups to be accumulated, marketed and legalized for agro-industrial exploitation later. From a qualitative documentary study, it is suggested that peasant and indigenous communities are dispossessed of the land and subjected to new forms of capitalist relationship within the framework of a rural development model that privileges agribusiness, emphasizing in the examination of the socio-historical and geographical relations of the inequalities that make possible and maintain dispossession.
Este artigo analisa a relação entre o controle da terra, o exercício da violência e sua correlação com os processos de territorialização baseados no cerco, na legalização e na apropriação e desapropriação de terras a partir de uma dimensão temporal e espacial. Com base em um estudo de caso recente como o da fazenda El Brasil, as terras de La Fazenda na Altillanura colombiana, expõe-se como as propriedades pertencentes ao território ancestral das comunidades indígenas, reconhecidas como terras devolutas, foram concedidas pelo Estado aos camponeses desapropriados por grupos armados para posteriormente serem acumuladas, comercializadas e posteriormente legalizadas para exploração agroindustrial. A partir de um estudo documental qualitativo, sugere-se que as comunidades camponesas e indígenas são desapropriadas da terra e submetidas a novas formas de relação capitalista no âmbito de um modelo de desenvolvimento rural que privilegia o agronegócio, com ênfase no exame da situação sócio-histórica e geográfica das desigualdades que possibilitam e mantêm a desapropriação.